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Muito me contas

Blog sobre a actualidade, a vida e sempre com uma pitada de positividade!

Muito me contas

Blog sobre a actualidade, a vida e sempre com uma pitada de positividade!

E quando a vida nos prega uma partida?

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Por vezes a vida surpreende-nos e não é da melhor forma ou, pelo menos, da que mais gostaríamos. E quando a vida nos prega uma partida? Quando a vida nos prega uma partida, tudo depende da forma como encaramos o que perturbou o nosso descanso. A ausência de um estímulo, de um trabalho com o qual nos identifiquemos, a saudade de alguém,  o arrependimento de algo que ficou por dizer ou que foi dito, enfim, são inúmeros os momentos por que passámos quando olhamos sobre o nosso ombro. Felizmente, as recordações são mais do que traços sem orientação na nossa vida. São marcos. São sementes de sabedoria que farão emergir uma força em nós. São experiências como estas que podemos igualar a fortes aprendizagens e a grandes lições de vida. E estas lições ensinam-nos a sermos mais resistentes e resilientes. Estas lições reestruturam a nossa forma de ver o que nos envolve e que, por vezes, nos consome. São, sim, estas as lições que nos farão brilhar. É esta lufada de ar fresco que provavelmente precisaríamos na nossa vida e que aparentava um ramo de rosas com espinhos. Porém, eram apenas rosas.

E quando a vida nos prega uma partida, canalizamos a nossa energia para memórias que valem sair do sótão, para os bons momentos que a vida também nos proporciona. Após algum choro, sofrimento ou tristeza, olhamos em frente, vemos a luz ao fundo do túnel. Retiramos o que é importante, aprendemos e sorrimos porque estas partidas que a vida nos prega, cuidam de nós, fazem-nos mais fortes, preparam-nos para novos obstáculos e fazem parte de nós. Serão estes ensinamentos que nos abrirão janelas, portas e tudo aquilo que permitirmos. São estes que nos irão tranquilizar, que nos devolverão a alegria de um hobbie antigo, de um novo trabalho ou de pessoas que nos farão bem.

Muito vos contei? Conto-vos, ainda, com um Provérbio: 'Quanto mais depressa, mais devagar'. Tudo tem o seu tempo.

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

Correr atrás de um sonho!

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Às vezes sonhamos. Sonhamos desde pequenos ao olhar para outros. Para outros que são alguém que queremos ser. Crescemos e desejamos alcançar esse sonho. Crescemos e enfrentamos tudo para conquistar um sonho. Às vezes, porque nem sempre é assim tão linear. Quebramos. Desiludimo-nos. As dificuldades são muitas e os 'nãos' também. Por vezes, desistimos. Mas existem momentos para tudo e há momentos em que temos força. Momentos em que sabemos que 'é desta vez'. 'Desta vez' que tomaremos uma decisão e em que teremos coragem para agir! Não temos sonhos por mero acaso. Devemos concretizá-los. Os sonhos são meus, são seus e são nossos. Nossos porque partilhamos e este é um sentimento tão bom e que tão bem nos faz que merece ser vivido por todos os que o quiserem viver. Partilhamos conhecimentos, emoções, experiências, amor, decisões, viagens, paixões e momentos. 

Não pensemos mais no 'se' e no que não correu como planeado. É tempo de agir e de seguir os nossos sonhos. É do nosso tempo que se trata e, bem sabemos, que este tempo é escasso e precioso. É da nossa felicidade que se trata. É tempo de correr atrás dos nossos sonhos. Hoje. Agora. São nossos. São sonhos que nos pertencem, que me pertencem e que lhe pertencem. É nosso dever libertá-los e deixá-los voar. Podemos começar como crias num ninho construído pela mãe, não importa. O que é importante é tentarmos e atingirmos os nossos objectivos. Os sonhos não podem mais ser sonhos nem podem continuar sobre a nossa almofada. É tempo de os alcançar. É tempo de ser feliz! 

Muito vos contei? É tempo de olhar em frente e de partir nesta viagem tão estimulante. Sejam felizes! :)

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas 

Nascer mulher.

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Não me considero feminista porque nunca gostei de extremos. 'Nem 8 nem 80'. No entanto, identifico-me com pessoas e ideais que defendem o respeito sobre uma mulher.

Não compreendo como hoje, no ano 2015 e em pleno séc. XXI, as mulheres vivem tempos tão difíceis e porque têm de lutar por um lugar de destaque numa empresa, um voto ou a sua liberdade. A liberdade de uma mulher, bem como a de um ser humano, não pode (nem deve) ser limitada. Somos livres para decidir e para suportar as consequências dos nossos actos e decisões. Tão pouco compreendo o escrever sobre este assunto. Tão simples em determinados países e tão confuso e asqueroso noutros.

Fico feliz quando vejo que pessoas com influências na sociedade se dedicam a este tema e ajudam as mulheres que precisam de ler o quão importante são, que precisam de contar o que tão profundo e escondido têm. São projectos como o #MARIACAPAZ que me fazem sorrir. Também Emma Watson defende a iniciativa #HeForShe e, apesar de ser um movimento feminista, os seus princípios correspondem à importância da valorização da mulher.

Ser mulher é ser especial (não menosprezando os homens, rapazes e meninos mas como gosto de ser mulher!). Ser mulher é acreditar, é viver, é sonhar. Uma mulher com uma forte atitude e um sorriso no rosto é tudo. Tudo o que de bom nos pode mostrar a vida. Ser mulher é ser protectora e cuidar. Ser mulher é ter sensualidade sem precisar de se mostrar através de um vestuário impróprio. É ver soluções onde estão problemas e saber evoluir num meio confuso. Ser mulher é ter uma força sobrenatural, é dar sem olhar a quem. Ser mulher é atravessar um canal perturbado e saber levantar-se e continuar o seu caminho. Ser mulher é chorar e saber limpar as suas lágrimas. Ser mulher é impor os seus limites e não deixar que nada afecte a sua integridade. Ser mulher é saber que o seu olhar é mais importante que o tamanho do seu decote. Ser mulher é mostrar aquilo que é, é dar gargalhadas, é apreciar bons momentos como ir às compras com as amigas, fazer uma jantarada com amigos ou passear com o namorado ou marido. Ser mulher é ser sábia na tomada de decisões. É valorizar-se. É pensar em si e nos outros. Ser mulher é viver um misto de emoções, é ultrapassar os dias difíceis do mês, é ser mãe, é ser pai, é estar lá. Ser mulher é ser fiel aos seus princípios e leal aos seus amigos. É aproveitar a vida a dois sem distracções. É gostar do seu corpo. É correr atrás dos seus objectivos. É saber que há mais na vida para além de um espelho, uma balança e uma capa de revista. É pensar por si.

Aos homens: respeitem as mulheres.

Às mulheres: dêem-se ao respeito e sejam felizes! 

Muito vos contei?...

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas 

Os jovens são o futuro...

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Os jovens são o futuro pelas suas competências, pela facilidade de adaptação, pela desenvoltura com equipamentos tecnológicos, pela idade, pela juventude e imaturidade na forma de encarar a realidade. Os jovens são o futuro. Mas quem faz parte do presente até que chegue o futuro? Quem os preparou para um mundo que lhes oferece algumas propostas ou que se aproveita destes? Quem os preparou, prepara e sempre preparará (mesmo que não o façam presencialmente), são os mais sábios, os que já cá andam há alguns anos. São estes que passaram por situações que não conhecem, são estes que sabem o que aí vem e que têm a experiência que os jovens ainda não têm. Os jovens são o futuro? Certamente. Mas muito aprendem com os mais sábios e mais aprenderão por eles mesmos. É assim a vida. 

Os jovens são o futuro mas qual a estrada de tijolos amarelos até lá? Um caminho atribulado que tanto pode passar por Portugal ou por países alheios. Se procuram emprego, as empresas procuram estagiários mas estagiários pro bono e 'pro-experts'. Mas estagiários. Até 30 anos (pois parece que é o limite). Estagiários fluentes em 5 línguas. Estagiários que serão 'managers' mas que irão reportar ao director do departamento de marketing... enfim, são estagiários. Mas os jovens são o futuro.

Os jovens são o futuro mas as oportunidades e o investimento na sua formação são poucos. Vivem e convivem no centro de uma crise social e económica. Muitos trabalham para pagar os estudos, outros não conseguem emprego na área na qual tanto investiram e gostariam de seguir. Mas estes jovens pertencem a uma nova geração. À geração dos smartphones, dos tablets, do facebook, do instagram, do whatsapp e do snapchat. A geração do desenrasca ou como tanto já se leu na imprensa 'à rasca'. Mas estes jovens pertencem à geração mais empenhada, mais informada e mais preparada para atravessar o caminho que for necessário. São jovens que procuram até encontrar, que saem do país à busca de melhores oportunidades. São estes os jovens do futuro, ou parte deles.  

Muito vos contei? Muito mais nos contarão estes jovens. 

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

Vamos lá vencer o medo!

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Em criança, tudo é maior e tudo é menor. As pessoas, os objectos, as gargalhadas, as brincadeiras, a ingenuidade e a inocência são maiores. Mas também tudo é menor: as preocupações, os problemas e as ansiedades. Em criança temos medo de ruídos e de alturas. Qual o medo que temos em idade adulta?

Assim que os marcos na parede do quarto vão subindo e até desaparecendo, olhamos para o mundo de forma diferente. Para alguns, as pessoas são menores e os objectos maiores, as gargalhadas diminuem e os problemas aumentam. Cultiva-se o medo. O medo da crise, de perder o emprego ou de escolher mudar, o medo da doença, de errar, de ser diferente e capaz ou até de amar e de confiar noutra pessoa. O medo do futuro e do desconhecido.

Se aprendemos a ter medo, também podemos desaprender. O medo pode (e deve) ser transformado em força e em motivação de enfrentar obstáculos e de o vencer por inteiro. Quem se recorda de histórias como a de Davi e o gigante Golias? Não importa o tamanho do problema ou a probabilidade de ser maior relativamente a nós. Importa a nossa atitude perante este. 

Qual o seu medo? Qual o gigante que está a enfrentar? Enfrente-os e conquiste-os! Também o feiticeiro de Oz era grande e poderoso, ou talvez não. Tenha em conta tudo o que já conquistou e não se esqueça das suas vitórias. 

Muito vos contei? Enfrentar o medo é a única forma de o vencer! Boa semana para todos :)

 

  

Maria Inês, 

Muito me contas 

Gratidão: a arte de agradecer.

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'A gratidão é a memória do coração' (Provérbio francês)

A gratidão é uma força da humanidade, é um sentimento profundo de reconhecimento por alguém que nos tenha feito ou que nos irá fazer algo de bom. A gratidão trata-se de um sentimento positivo que sempre acarta consequências positivas. É uma fonte de energia que começa nas pequenas pequenas coisas e que nos leva numa viagem de alegria, respeito e felicidade até às grandes questões. 

'Fazer o bem, não olhar a quem'. Um pequeno agradecimento a quem nos deixe passar na passadeira ou numa fila da mercearia ou supermercado. O que sentimos quando agradecemos?

Sejamos gratos com quem nos faz feliz e com quem nos proporciona bons momentos. Sejamos gratos pela nossa saúde e pela de quem nos está próximo, pelo sol que erradia os nossos dias, pelo calor que nos aquece a alma, pela chuva que rega as mais pequenas sementes, pela música que ouvimos, pelas paisagens que vimos, pelo cheiro do mar e pelos banhos em águas salgadas. Sejamos gratos pelas fortes amizades, pelo agradável convívio entre amigos e pelo natal em família. Sejamos gratos por tudo. Por tudo o que de bom que nos traz a vida e, até, pelas experiências menos boas que tanto nos ensinam e motivam para seguir outro caminho. 

Temos sempre muito mais para agradecer do que para lamentar. Então porque paramos para ouvir o que não é bom? Valorizemos o que é positivo ao invés de nos lamentarmos. Quantas pessoas têm limitações? Limitação em ouvir, ver, cheirar, sentir, movimentar-se. Pessoas que perderam filhos ou pais, oportunidades ou que se depararam com graves doenças. Estas pessoas também têm muito porque agradecer. Todos temos. 

Agradecer é uma arte que pode e deve ser praticada por todos. 

Muito vos contei? 'A gratidão pode transformar dias comuns em acções de graça, transformar a rotina em alegria e mudar oportunidades comuns em bênçãos' (William Arthur Ward). Ou seja, a gratidão pode transformar um dia bom, num dia ainda melhor. Surpreenda-se!  

Obrigada. 

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

#bluemonday e tretas...

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Parece que hoje é o dia mais infeliz do ano, segundo um estudo partilhado pela imprensa e por aí. Se hoje é o dia mais infeliz do ano, ora ainda bem, significa que 2015 será um ano ainda melhor do que pensei! Ou simplesmente, as pessoas agarram-se a 'coisas' insignificantes e o bom senso destas é questionável. Não basta algumas partidas que a vida (coitada!) nos prega, agora enfrentamos o dia mais infeliz do ano. 

Hoje é o dia mais infeliz do ano para quem assim o entender e deixar. Compreendo os gastos no mês passado, o frio que nos congela dos pés às pontas do cabelo e, até, a (ainda) não concretização de alguns projectos planeados para este ano, ou até para este mês, mas convenhamos, não é razão para tanto alarmismo. 

E isto dava 'pano para mangas'... as pessoas têm tendência para serem pessimistas (credo!), estamos no inverno e, devido à falta de luz solar, ficamos mais propícios a sentirmo-nos em baixo ou sentimo-nos culpados pela quantidade de doces e iguarias natalícias ingerida, enfim. 

Vera Novais, escreveu hoje no Observador, alguns dos conselhos da Fundação para a Saúde Mental que não poderia deixar de partilhar convosco: faça mais exercício, tenha mais cuidado com a alimentação, seja mais sociável, integre um grupo de interesse, estipule objectivos realísticos, faça uma pausa [     ], faça algo em que é realmente bom e descanse. Não poderiam ser melhores conselhos para este ou para outro dia. Afinal o que é mais importante: pensar que hoje é o dia mais infeliz do ano ou divertir-se? Que motivos tem para sorrir? Aposto que tem mais dos que pensava!

Muito vos contei? Sempre prefiro as 'black fridays' às 'blue mondays'.

Feliz dia 19 para todos!

 

 

Maria Inês,

Muito me contas

Escrever é uma profissão de risco!

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Quando se escreve com o coração que tanto palpita e o corpo que tanto se movimenta. Quando combatemos interiormente com o livre arbítrio, com ideias que fluem mais rapidamente do que o próprio pensamento ou a sua escrita. Quando se torna num combate externo ao nosso interior, com a caneta que falha ou o computador que bloqueia e com isto passam ideias que não ficam e palavras que nunca serão escritas. Quando nos falta inspiração mesmo quando a caneta tem tinta e os dedos agilidade. Quando temos um tema ou quando carecemos de um. quando escrevemos indignados com o país, com o terrorismo ou com injustiças. Quando tudo é tudo e nada é nada. Quando se gosta e não se gosta. Escrever é uma profissão de risco quando simplesmente se escreve.

Muito vos contei? Não sou escritora, simplesmente gosto (muito) de escrever.

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

São dias como estes, que me animam!

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Não é a chuva, o granizo, o vento ou o cabelo despenteado que irão impedir que o dia corra bem. 

Não é uma notícia desagradável, o trânsito, o pneu furado, a greve do metro ou o autocarro que não me levou que irá impedir que o dia corra bem. 

Não é o salto alto partido, as gotas de água na base, o risco diferente nos olhos ou o verniz lascado que irá impedir que o dia corra bem. Nem o relógio esquecido, a marca do almoço na gravata ou o perfume que ficou no frasco.

É sim, o peso e a importância que damos aos pequenos pormenores da vida que vai definir se terei um bom dia.

Por isso, são dias como estes em que um abraço à chuva, um desafio, uma nova amizade, uma reconciliação ou um 'sim', é mais importante.

Muito vos contei? São dias assim que vos animam? Dias em que o 'meio cheio', afinal, é superior ao 'meio vazio'.

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

O mundo uniu-se e marchou! #JeSuisCharlie

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3 Milhões. 3 Milhões de pessos. 3 milhões de pessoas estiveram hoje em França em defesa da humanidade e contra a radicalidade.

As cores da bandeira são diferentes e não importa. A religião é diferente e não importa. Os partidos são diferentes e não importa. De braços dados, ao longo de muitos passos juntos, cidadãos e políticos de todo mundo marcharam contra o medo. O medo que vira força, força sobre quem quer dominá-lo. Força sobre quem pensa que pode retirar, matar e destruir um dos valores mais defendidos e básicos da humanidade: la liberté!

Não temos medo! Foi esta a mensagem que 3 milhões de pessoas passaram hoje a partir das ruas de Paris com esta manifestação, com esta posição. Mesmo assim, nem todos estiveram presentes mas estes 3 milhões fizeram a diferença. Foi a maior manifestação de sempre.

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

Cada um de nós tem a sua história.

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Olhamos para alguns anúncios numa revista de moda ou lifestyle e podemos ver a imagem de uma família em convívio (ou em pose). Pais e filhos, netos e avós, tios e sobrinhos.  Podemos ainda ver os cachorros deitados sobre a relva do jardim ao lado dos primos. 

Qual a nossa história? 

Todos nós temos uma história - a nossa, que se divide por vários caminhos, emoções e experiências. Todos nós temos um tempo e oportunidade.

A nossa história é bem diferente da que podemos interpretar destas imagens que descrevi. Na nossa história entram e saem pessoas (há quem diga que ficam as mais importantes, vá-se lá saber). Há quem tenha perdido um filho, uma filha, um pai ou uma mãe. Há quem tenha perdido uma oportunidade de emprego e há quem se tenha arrependido de ter tido certa atitude. Há, ainda, quem não tenha concluído um projecto ou tenha saído prejudicado de algum. Há quem tenha passado por um divórcio e há quem tenha passado pela separação dos pais. Há quem tenha tido dificuldades na vida e esteja longe da família e amigos. Há quem tenha tido uma desilusão amorosa e há quem tenha perdido uma boa amizade. Há quem tenha ou esteja a enfrentar uma doença. Há quem tenha passado por uma ou muitas injustiças... Mas no meio destes caminhos atribulados, há caminhos bem sucedidos e que sobressaem a estes. No meio destas emoções sofridas, destes choros e destas angústias, existem sentimentos de alegria, de esperança, de fé e de comunhão. No meio destas experiências que tanto nos ensinaram, prevalece o que fica - o mais importante - essa mesma aprendizagem e outras, outras experiências das quais temos tão boas memórias: o nascimento de um filho ou filha acompanhado dos seus primeiros passos, palavras e atitudes, o nosso primeiro dia na escola ou o resultado dessa fase, a carta de condução, o diploma do curso terminado, o primeiro emprego, uma tarde bem passada, um fim-de-semana com o namorado ou namorada, o pedido de casamento, o casamento, a primeira casa depois da casa dos pais, o natal e aniversários com familiares e amigos. Se pensarmos bem, a lista é infindável. Assistir ao nascer e ao pôr-do-sol. Olhar para o mar. Correr à chuva. Passar uma tarde na praia. Assistir ao brilhar da lua. Comer um gelado. Beber um chocolate quente. Estar numa esplanada com amigos. Ler um livro junto à lareira. Receber um sorriso de um estranho. Ver um álbum de fotografias antigo. Quem diria, há coisas (muito) boas na vida!

Dizem que o tempo tudo cura e é verdade. O tempo tem a fantástica capacidade de apagar a raiva, a mágoa, a tristeza e de nos trazer de volta. De volta para agarrarmos uma oportunidade que veio até nós e a qual não podemos deixar fugir.

Muito vos contei? Qual a sua história?...

 

 

Maria Inês,

Muito me contas

Conto-vos com um vídeo #1

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Se o nome Lizzie Velasquez não vos diz nada, falta-vos uma peça no puzzle:

https://m.youtube.com/watch?v=c62Aqdlzvqk

 

Somos demasiado pequenos. Nós, é que somos demasiado pequenos. 

Lizzie Velasquez conta-nos a sua história e dá-nos um bom conselho: 'se alguém vos ofende ou aborrece, coloquem-os do vosso lado direito'. Irónico, não? Os pais da Lizzie não se cingiram ao que os médicos disseram. Afinal, segundo estes pais, a diferença de Lizzie resume-se ao seu tamanho. Afinal, é uma questão de tamanho e de perspectiva.

'O que te define?'

'O que te define enquanto pessoa?'

Qual a importância que damos aos valores? Respeito. Liberdade. Partilha. Qual a importância que lhes damos? Qual o tamanho que ocupam na nossa mente e nas nossas atitudes? Por vezes somos demasiado pequenos. Demasiado pobres de espírito. Por vezes não. 

Desvalorizemos o que não merece a nossa atenção e aumentemos a importância naquilo que nos eleva o astral. Simplifiquemos. Tornemos as coisas mais fáceis. O que me define sou eu. Sou eu que escolho o tamanho e qual a importância. Sou eu que decido qual a minha posição perante determinada situação. A Lizzie contou-nos. Coloquemos do nosso lado direito, o que tiver que ser colocado. Afinal, temo-nos uns aos outros. Sabemos isso.

Deixo-vos três desafios (já que três foi a conta que Deus fez): no final de cada dia eleger um momento positivo vivido, largar a rotina e parar. Concedam uma pausa a vocês mesmos, aproveitem os bons momentos e confiram como se sentem no final da experiência. Sejam felizes. Façam jus ao vosso poder de decisão e de filtragem.

Muito vos contei? A Lizzie não só muito nos contou... foi ainda mais longe. 

 

 

Maria Inês, 

Muito me contas

Mas as opiniões divergiram...

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Ontem as opiniões divergiram. Divergiram pelas diferentes crenças, culturas ou apenas pela falta de bom senso.

As opiniões divergiram pelo querer ser diferente e por não quererem ver o óbvio. Uns escreveram que se puseram a jeito ao passo que outros se revoltaram (e revoltam) contra esta barbárie. Surgem encontros em vários países pelo mundo. O silêncio terminou. Para uns as capas foram um veículo, um motor da voz e das caricaturas dos que nos deixaram, para outros foram um entretenimento encarnado com a miséria esbatida.

Dia 07.01.2015 será uma data que nunca será esquecida. Nada justifica tamanha barbaridade. Mas as opiniões divergiram...

Dia sete ficou marcado pelo negro. O negro virou cor das marcas, cor dos jornais, a nossa cor. Mas este manto negro tem outra cor. A da partilha, da força, da liberdade de expressão, da desvalorização de pré-conceitos e da humanidade. A humanidade virou cor. Mas as opiniões divergiram.

Muito vos contei?...

A capa de ontem que mais me contou foi a do jornal i:

 

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Maria Inês,

Muito me contas

#JeSuisCharlie

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(...) Começo este texto em silêncio. Em silêncio por respeito. Em silêncio pelo choque. Em silêncio. Pouco ou nada vos conto neste momento porque qualquer palavra, texto, imagem ou voz parece pouco. O mundo ficou negro e não se conforma, ao menos isso. Ao menos isso para os que partiram hoje. Não compreendo.

https://m.facebook.com/profile.php?id=106626879360459

 

 

Maria Inês,

Muito me contas

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